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terça-feira, 27 de julho de 2010

02 Neurônio

Sem tempo, sem internet, e a caminho de ficar sem teto também. É assim que eu ando, sem contar com uma irresistível vibe nômade que tem me assolado. Por tudo isso ando sumida daqui e dos blogs que sempre leio. Mas não resisti ao entrar hoje no 02 Neurônio e ler um post um pouco antigo da Nina Lemos. Adooooro o humor da criatura. Ó o post aí:

"E você caiu no papo dele?" Ou a sabedoria infinita dos amigos homens

Depois de muita paquera e alguns encontros, Um cara falou um monte de coisas, fez juras de amor e planos, Em seguida, ele agiu de um modo completamente esquisito. E deu tudo errado. Ponto.

Bem, caso clássico, não? Mas ficamos, eu, minhas amigas, nossos conhecimentos de psicanálise selvagem e nossa imaginação fértil. Construímos uma tese de mestrado para o comportamento do rapaz que incluía coisas como:



1- Ele percebe que você no fundo tem desprezo pelo meio de trabalho dele. Ele não suporta a sua crítica em relação a uma coisa que ele acha o máximo. (tese da jô)

2- Ele é auto-centrado, só consegue pensar em si mesmo. “Que mal contemporâneo”, comentou o Vitor a respeito do diagnóstico.

3- Essa coisa de fazer muita declaração e achar que você é tudo dá nisso. Cuidado que uma hora ele vai estar te odiando. Amor e ódio andam juntos, você sabe (Luana)

4- É tudo falta de amor de mãe, esses caras não foram amados suficientemente pelas mães (Bia, que usa essa teoria para todos os homens e mulheres).

5- Ele não tem coragem de bancar o desejo dele. E quem não banca os próprios desejos não serve (teoria minha, aplicada a todos os homens e mulheres).



As teorias não foram só essas. Temos outras. Um verdadeiro tratado psicológico sobre o sujeito e o mal estar da sociedade contemporânea, que inclui o abuso das redes sociais, o mal causado pela indústria da moda para quem leva isso a sério, toda a teoria do desejo do Freud e por aí vai.



Até que eu contei a história em versão remix para um amigo homem. Ele me olhou rindo e disse:



_ _Ihhh. E você caiu no papo dele?



Simples assim. E ele resolveu o enigma. Obrigado, amigos homens, pela sabedoria. Obrigada, amigas mulheres, pela nossa capacidade infinita de invenção, que preenche o nosso tempo e nos dá temas para crônicas.

Repetindo: adooooro a Nina Lemos!

Um comentário:

Penélope Charmosa disse...

Fia, as possibilidades de exercício da psicologia selvagem são infinitas e quase sempre restritas aos seres do sexo feminino, desde que embaladadas por cerveja e pela deliciosa sensação de "gangue do mal" que temos quando estamos todas juntas fofocando.