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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Posta restante

Mais cedo eu comecei a escrever um post sobre o frio - não deu tempo de terminar porque tive que sair e enfrentar o frio lá fora pra assistir um debate sobre televisão, no Congresso Internacional de Jornalismo Cultural. Durante o debate, me enchi de ideias que eu queria escrever aqui - vinha no metrô pensando sobre um milhão de coisas que eu queria falar sobre o consumo dos produtos televisivos, sobre indústria cultural, sobre a influência da televisão no nosso cotidiano, sobre gente surtada que se propõe ao debate pra causar polêmica, raiva, estranhamento... ou simplesmente pra "causar", como a "galera" anda dizendo por aí.
Mas daí... inventei de dar uma olhada no tal do Orkut, aquele site de relacionamentos que já tá quase abaixo de sete palmos, sabe? Pois encontrei o melhor presente da minha semana, e o melhor assunto sobre o qual escrever. Meu amigo Eugene me mandou uma mensagem depois de tempos. Nem sei onde ele tá agora no mundo, mas há dias venho pensando nele e me cobrando escrever uma carta ou um longo e-mail pra saber da vida dele, pra contar da minha, mas principalmente, pra lembrar como é bom a gente junto. E foi exatamente o que ele fez na curta mensagem: lembrou do início da nossa amizade, em 2006 (ou foi 2005?), das nossas conversas, das indas e vindas dele a Teresina. Me contou que está feliz e me pareceu muito, muito bem. Saudade boa é essa que tem eco, que encontra resposta. É clichê, eu sei, mas amizade mesmo é essa que quando se reencontra (mesmo que virtualmente) parece igual ao início ou ao ano passado ou a ontem ou ao futuro. É o amor que subverte essa noção linear de tempo: ontem, hoje, amanhã - tudo deliciosamente igual.

Aviso aos navegantes

O blogger deu pau um dia desses e sumiu com alguns comentários do post anterior que já haviam sido aceitos e publicados. Lamento e peço desculpas aos autores.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Zé Luiz e suas pequenas epifanias

Zé Luiz, sete anos, bate insistente na porta do meu quarto, depois do almoço:
- Abre a porta, mãe. Quero falar contigo!
- Já vai, filho. Tô no banheiro.
Abro a porta e ele olha pra mim com uma cara de urgência que achei que alguma grande desgraça tivesse acontecido, como o campo de futebol ter sido bombardeado por extra-terrestres ou algo do tipo.
- Mãe, se eu soubesse falar só inglês desde pequenininho, sabe? Se eu só falasse inglês... eu ia aprender português só pra falar contigo.
- ...

Tão pequeno já entendeu que o amor é a busca de um código comum.
(O moleque só esqueceu que eu sou professora de inglês desde os 16 anos de idade!)