Páginas

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

PRA COMEÇAR O DIA

6 da manhã. Cozinha. Não confundir mamadeiras. Qual é de quem mesmo? Mamadeira com palhaços. Azul e vermelho. Iogurte cor-de-rosa. Bico. Tampa. Enrosca. Sono. Bocejo. Mamadeira de carneirinhos brancos e nuvens azuis. Leite em pó. “Não é exa coler, é exa!” Colher errada. Refaz-se operação leite em pó. Mucilon com a colher certa. Bico. Tampa. “Eu fecho!” Água. Balança a mamadeira. (xic xic xic) Pó e água viram amor líquido para alimentar Antonio. Mamadeira na boca de um Zé Luiz que dorme. Ufa! Mamadeiras certas. Sacode Pedro na cama. Interrompe sonho de guitarras e palcos e fãs e sucesso. Hora da escola. “Só mais um pouquinho...” Em 15 minutos, todos no elevador. De volta pra casa, a felicidade posta (tão delicadamente quanto possível) um bofete na cara: mamadeiras certas, filhos felizes (embora sonolentos) e amor além da medida.

Nenhum comentário: