Eu não vou fingir que acredito que tudo será
lindo e novo e maravilhoso só porque em algum momento da história alguém
convencionou que um ano terminaria e outro começaria. Nem vou fazer de conta
que não estou morrrta de medo do ano que se inicia e do passo maior que a perna
que resolvi dar. Mas como boa pollyanna, sei que vou dar meus pulos e encontrar
meu jeito de colocar tudo no lugar. Aprendi faz tempo: é preciso perder o chão
pra ganhar asas.
Não
tem como terminar o ano sem lembrar do anterior, sem fazer um balanço. No noves
fora zero, 2012 foi produtivo e intenso. E valeu muito a pena. Teve choro,
desespero e certeza de não dar conta. Mas no final das contas, teve defesa de
dissertação aprovada com louvor. Teve comemoração com Paul McCarney, Chico
Buarque e Manu. Teve conversinha de amigas que não se viam há anos. Teve a CER-TE-ZA,
assim mesmo em letras garrafais, de que “não, nunca mais quero isso
pelamordedeus preciso respirar vou descansar quero sombra e água fresca”. Teve
mudança de ideia, teve um “quem sabe”, teve afinal a decisão de tentar. Teve
inúmeras viagens, teve provas, teve unhas roídas, teve apoio dos meus tão fieis
e pacientes amigos. Teve “ai, meu deus, cá estou eu de novo!”. Teve aprovação.
Teve a certeza ainda maior, substituindo aquela certeza antiga, de que estou no
caminho certo e de que a velocidade é essa, porque é a minha. 200 km/h na
tomada de 220 volts. Essa sou eu. Teve a felicidade de me ver cada vez mais
perto de ser quem eu quero ser.
Não
me iludo: esse não será um ano fácil. Mas será o ano em que continuo a me
transformar no que eu quero ser. O Rio me espera, o doutorado me chama, a
saudade vai ser de lascar, mas é bem por isso que eu vou fazer valer a pena.
Venha preparado, 2013, que eu tô com um quente e dois fervendo pra você. "Eu acho é pouco, eu quero é mais, se não aguenta por que veio?"
Feliz 2013!
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