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sábado, 25 de outubro de 2008

Homo tecnologicus

Minha amiga usa o MSN, tem Orkut e acessa a internet o dia inteiro. Minha amiga vive quase sempre no mundo virtual, embora seus sentimentos sejam sempre tão reais. Minha amiga não sabia se estava ou não namorando com o carinha que ela tava apaixonada. (Não riam, todos nós já passamos por esse limbo nos relacionamentos). Tudo indicava que eles namoravam, mas minha amiga achava que não, porque o Orkut dele não trazia essa indicação. Minha amiga nunca aceitou minhas explicações de que o Orkut não significa mais que os beijos que ela recebia, os longos telefonemas e os "abraços fofos", como gosta de dizer minha amiga. "Mas o Orkut dele...", dizia minha amiga. É que ela tem o coração pulsando na ponta dos dedos, que depositam sentimentos no teclado de seu notebook, às vezes delicadamente, às vezes como um martelo. Porque a máquina complementa sua alma, mais que seu corpo. E ela até fez um Buddypoke (pra quem não sabe o que é, me nego a explicar de tão esdrúxula que seria a explicação!). Minha amiga, pela descrição dada, deveria ser fria, ter pele verde-tela-de-computador e capacidade zero pra se relacionar frente a frente com humanos. Mas minha amiga é um doce de pessoa, tem uma delicadeza que eu me esforço (sem sucesso) em aprender e é uma das pessoas mais generosas que conheço. Deixem seus preconceitos de lado, pois minha amiga, apesar disso, é definitivamente um espécime do Homo tecnologicus. E ela me chama de Maria. E só ela me chama assim. E eu adoro.

3 comentários:

Thaty disse...

MEU DEUS!!!!! TU ME MATAAAAAA!!!!
TE AMO, Maria! E essa tua amiga ai quer ser pelo menos um décimo da mulher maravilha que você é! [agora tu manda isso pro orkut, como depoimento, pq se não tá no orkut...] hauahuahuahuahuaua

Mayra Cunha disse...

prima, me vi em tuas palavras. tirando a parte do limbo, claro... risos.

adorei!!! beijocas.

Anônimo disse...

A minha irmã está separada do marido há quase um ano. Desde então, mantém namoros virtuais. Há um mês atrás, ela marcou um encontro com um carinha que conheceu na net. Resultado: as pessoas, geralmente, enfeitam o pavão na vida virtual. O carinha não era o mesmo da foto e , de acordo com a minha irmã, tinha um bafo que era sentido de longe. Vivendo e aprendendo (risos).
Muito obrigado pela visita.
Viu linkar o seu blog ao meu. Volte sempre.
Um abraço,
Raphael Bastos.