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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu confesso: eu nunca acreditei nessa tal de TPM. Eu sempre achei que era um misto de frescura com uma certeza besta de que mulher rima com sofrimento. "Ai, com eu sofro todo mês. Ai, como eu sou resignada. Ai, que são os ossos do ofício." Vi amigas próximas terem quedas de pressão e cólicas homéricas e não, não achei que era fingimento. Mas nunca entendi porque simplesmente não procuravam um médico e resolviam o problema. "Porque é assim mesmo. Todas as mulheres da minha família são assim" Aiiiinnn, se fosse qualquer outra dor, teria cura, mas dor de ser mulher, não? Não, não era só que eu não acreditava na TPM, era que eu não tinha paciência mesmo, porque se fosse comigo, eu já tinha mandado arrancar o útero. Ok, eu falo de um ligar privilegiado, do lugar de alguém que nunca na vida soube o que era uma cólica. Ai, mas se fosse comigo eu ia atrás de morfina ou do que fosse pra não sentir coisa nenhuma. E a frescurinha de ficar sensível demais, chorona demais, melosa demais? Não é pra mim. Eu sou hardcore, eu sou muro chapiscado, eu sou punk, porra! Pois é, hoje eu acho que a tal TPM me pegou porque eu tô tendo que repetir isso de 15 em 15 minutos pra não cair no choro sem razão. "Você é punk, Clarissa. Você consegue, Clarissa. Você é hardcore, Clarissa" - vamos lá, como um mantra.

2 comentários:

andreotzi disse...

Cacá isso deve ser TPD, tensao pré dissertaçãotudg

Penélope Charmosa disse...

Máquina de cafunés, você quase sempre tem razão, né? Acho que rola mesmo uma tensão pré-dissertação. Queria era defender logo amanhã e dar essa etapa por vencida!
Bjs.