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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Nós sempre teremos Paris

Não é bem Paris, nós sabemos. Mas nós sempre teremos um lugar que a gente criou. Mentira. Nós sempre teremos vários lugares só nossos, várias histórias só nossas, várias piadas que só nós entendemos, em nossas muitas conversas madrugada adentro - no Dogão, na calçada daquela escola, no show barulhento, no MSN, no Facebook. Foi isso que você quis dizer com essa frase de Casablanca, não foi? Ah! Mas a gente parece ainda mais antigo que esse filme. "Do cretáceo", foi o que você falou. E na verdade uma das únicas coisas antigas que não cheiram a mofo na minha vida é a gente. Sei lá porquê eu ando mesmo com uma mania besta de novidade. Mas parece que essa entidade chamada "nós" tem o poder de se renovar com o tempo, de deixar entrar ar e arejar as gavetas onde guardamos nossos cacos de vida, ou o que você costuma chamar de caixa de Pandora. Benjamin Button, Peggy Sue, Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças... Faz um sentido danado quando a gente fala sobre isso, né? E vem uma certeza tão grande que só entre a gente é possível fazer sentido unir Hollywod a nossa vidinhas banais.
Eita, amigo, que o que me mata não é ser destrinchada assim, não. Me mata é reconhecer no teu olhar uma pessoas que às vezes eu esqueço.Eu queria era me enxergar assim, desse jeitinho que você me vê.

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