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sexta-feira, 11 de maio de 2012

90 anos

Para a geração de sobrinhos-bisnetos, ela é a Teté. Para os sobrinhos-netos ela é a Dinda ou Cuncun. Pra mim , é a Cunca. Pra minha irmã, Ninica. Pros sobrinhos, ela é a Mirica e já havia sido chamada também de Mã-an. Na certidão, seu nome é Miriam Lages de Mesquita. É a irmã mais nova da minha avó, e ontem completou 90 anos, durante os quais ajudou a criar sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos. No meio tempo, toma sua cervejinha, canta num coral e conta piada imoral. Toda vez que vejo o programa da Sue Anderson, imagino como as duas seriam grandes amigas, caso se conhecessem.
Teté é hoje a pessoa mais velha da família e não tenho dúvidas de que é também a mais querida por todos. É aquela tia que sempre tem bombons, pirulitos e brinquedinhos escondidos em seu armário, pra dar pras crianças (muitas) que visitam sua casa. 
A casa dela é a perfeita tradução da expressão "casa da mãe Joana": todo mundo entra e sai na hora que quer e cada uma tem uma chave do portão. Semanas atrás passei por lá pra tomar um café e conversar com ela, que cumpre também o papel de relações públicas da enorme família Mesquita: informa como estão os parentes de fora, lembra que naquela semana tem o aniversário de A ou B, etc. Eu tava bem naquele momento horroroso de finalizar a dissertação, e sem a menor paciência pra olhar pro computador. Depois de tomar um cafezinho com ela e conversar amenidades, voltei pra minha casa. Mal cheguei, ela me ligou pra perguntar se eu tava bem, porque ela tinha percebido pelo jeito que eu entrei que eu estava preocupada..É ou não é um tesouro uma Teté dessas?

Um comentário:

Dane disse...

muito fofa. pensei até em desistir dos 4 filhos e ser uma tia dessas no futuro. mas lembrei que não tenho irmão pra ter sobrinho. kkkkk