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quarta-feira, 30 de abril de 2008

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 0!

"Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou..." OK, eu sei que o reveillón ainda está muito, muito longe, mas o dia de hoje tem esse sabor de recomeço pra mim. Navegando em diferentes sites em busca de coisas que eu nem sei quais são, só penso que amanhã não vou estar aqui.
Claro que vou sentir saudades: do trabalho, da galera, do cigarrinho na escada, do café que sempre acaba no meio da tarde, de assistir ao programa em casa em estado de tensão e no final dizer "Meu dedinho tá aí. Quem escreveu fui eu!"
Mas até as coisas boas cansam quando não mudam. E eu estava caminhando para a mediocridade, me repetindo, sem tesão. Estou me aprimorando na arte de dizer tchau ao que não me interessa mais, mas ainda tenho muito o que aprender.
Outro dia li em algum lugar (sorry, não lembro onde) algo como "tenho urgência de ter paz" e acho que isso define bem o momento que estou vivendo: como sempre tenho pressa, mas pressa de tranquilidade.

terça-feira, 29 de abril de 2008

MISENCENE

Gosto de chegar em casa e derramar meu mau humor sobre você, e receber em troca seus carinhos. Nem que eu eu precise me fingir de durona e não ceda a seu charme. Mas no fundo, no nosso teatro, sabemos que eu adoro seu cortejo, e você gosta do meu bico de menina mimada.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Salve Jorge


Dia 23 de abril comemora-se o dia de São Jorge. E eu, que sou tão devota dele, esqueci de sua data. Quando estava grávida do meu filho caçula, quis nomeá-lo Jorge, mas numa família de 4 pessoas com opiniões diferentes, tive que aceitar um sorteio. As opções: Jorge, Antonio, Théo ou Bento. Ganhou Antonio. Não sou lá muito católica, mas desde criança simpatizo com São Jorge. Não sei se por conta do desenho na lua, que minha mãe me ensinou ser São Jorge lutando contra o dragão. Não sei se pela música "Lua de São Jorge", que me lembra muito minha infância. Só sei que é a ele que sempre recorro, pois não é um santo de lágrimas e lamúrias, mas de luta. Fica aqui a oração do santo guerreiro, de quem eu gosto pela sua força e valentia. Salve, Jorge!

Oração de São Jorge (parte dela)

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge,

para que meu inimigos tendo pés não me alcancem;

tendo mãos, não me peguem;

tendo olhos, não me enxerguem;

e nem mesmo empensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,

facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar,

cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.

Da difícil arte de fugir da mediocridade

Faço muitas coisas ao mesmo tempo. E gosto. Planejo tudo o que faço meticulosamente, com a frieza de um assassino em série. E gosto. Tenho medo de improvisos. E gosto. Mas tenho ainda mais medo da mediocridade, do fazer por fazer, do fazer de qualquer jeito, pra cumprir meta, pra justificar horário. E às vezes me pego agindo assim, sem o cuidado que as coisas/pessoas merecem, sem o afinco que eu mereço já que doei meu tempo para a tarefa. E invariavelmente os resultados dessas aventuras sem mapa são desastrosos. Como hoje.
Como todo mundo que usa internet, já recebi aquele texto que atribuem ao Jorge Luiz Borges em que ele fala sobre a importância de se planejar menos, ser menos precavido, não levar o guarda-chuva sempre que sair de casa, etc. Não sei se a autoria é realmente dele, mas independente do autor, sinto dizer que discordo completamente dessa visão. Gosto dos mapas, esquemas, planos, todos bem traçados, planejados e, se possível, cronometrados. Insegurança? Talvez. Mas é no conhecimento das minhas falhas que, acredito, reside minha força.
OK. Confesso que algumas coisas não-planejadas da minha vida saíram "melhor que encomenda", mas são exceções que só fortalecem a regra. Sem script não funciono e, se funcionar, credito o sucesso à sorte (coisa aliás com a qual não gosto de contar).
Em suma, sou uma chata, com alma de nerd!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Já tive vários blogs. Alguns até consegui manter por uns tempos, outros não passaram de templates vazios. Nem sempre gosto de escrever, mas sempre preciso. Pra mim nem sempre é fácil, mas é sempre impossível me manter longe do teclado.
Sou jornalista, professora, mãe, esposa, assessora de imprensa, produtora. Bastante impaciente na maior parte do tempo. Rotineiramente definida como elétrica e alegre. Tenho uma angústia de estimação: não só ela me acompanha por todos os lugares como eu nunca esqueço de alimentá-la e cuidar para que siga grande e forte. Minha escrita é sua música de ninar. Com o baruho das teclas e o silêncio do meu coração, a angústia se põe a dormir, embalada por mihas histórias, reais ou fictícias. Shhhhhhh... Silêncio.