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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Da difícil arte de fugir da mediocridade

Faço muitas coisas ao mesmo tempo. E gosto. Planejo tudo o que faço meticulosamente, com a frieza de um assassino em série. E gosto. Tenho medo de improvisos. E gosto. Mas tenho ainda mais medo da mediocridade, do fazer por fazer, do fazer de qualquer jeito, pra cumprir meta, pra justificar horário. E às vezes me pego agindo assim, sem o cuidado que as coisas/pessoas merecem, sem o afinco que eu mereço já que doei meu tempo para a tarefa. E invariavelmente os resultados dessas aventuras sem mapa são desastrosos. Como hoje.
Como todo mundo que usa internet, já recebi aquele texto que atribuem ao Jorge Luiz Borges em que ele fala sobre a importância de se planejar menos, ser menos precavido, não levar o guarda-chuva sempre que sair de casa, etc. Não sei se a autoria é realmente dele, mas independente do autor, sinto dizer que discordo completamente dessa visão. Gosto dos mapas, esquemas, planos, todos bem traçados, planejados e, se possível, cronometrados. Insegurança? Talvez. Mas é no conhecimento das minhas falhas que, acredito, reside minha força.
OK. Confesso que algumas coisas não-planejadas da minha vida saíram "melhor que encomenda", mas são exceções que só fortalecem a regra. Sem script não funciono e, se funcionar, credito o sucesso à sorte (coisa aliás com a qual não gosto de contar).
Em suma, sou uma chata, com alma de nerd!

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