Eu adoro o ciberespaço. É o não-lugar mais legal do mundo, na minha opinião. Poder continuar conectada às pessoas, ao mundo, ao que acontece fora desse escritório, enquanto estudo, trabalho, escrevo é pra mim um grande barato. Outro dia eu tava escrevendo um artigo pra um congresso - ops! - eu tava na verdade editando um Frankstein enquanto conversava no MSN. É muito, mas muito mais divertido trabalhar assim. Eu preciso, tenho necessidade mesmo de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. E poder escrever enquanto converso, navegar enquanto estudo, falar besteiras e não-besteiras enquanto produzo é o céu pra mim.
Além de que eu sou a pessoa mais gregária que existe: preciso de gente perto de mim, de muita gente, de barulho, de calor, de interrupção. Não funciono no silêncio e tenho um medo horrível de solidão. E a sensação de que tem pessoas bem ali à distância de um clique me deixa mais tranquila.
Mas tem uma coisa engraçada: eu nunca, nunquinha fiz amigos na internet. Eu, a própria miss sociabilidade, nunca tive um único amigo virtual. Na verdade, na internet me relaciono com as pessoas que já fazem parte da minha vida, mesmo que muitas delas permaneçam muito mais no ciberespaço que no mundo offline. Mas deve ser mesmo porque eu sou muito de pele, de olho, de cheiro. Sempre escolhi meus amigos assim, mesmo que de maneira inconsciente: pelo que me fazem sentir, pela companhia que me faz bem, pela conversa que me faz abrir o coração, pelo cheiro, pelo olhar que me conforta ou me desconcerta. E nisso o ciberespaço é (ainda) falho. E agora, boa noite pra meus amigos offline que andam por aqui.
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