"Muitos, muitos dinheiros" - tava lá escrito no orçamento que a gráfica me mandou hoje à tarde. Eu já quase não consigo abrir o e-mail de tanta ansiedade, e a piiiiiiiiiiiiiii da internet da faculdade sente meu desespero e demora ainda mais a carregar o tal do orçamento. Quando finalmente consegui ler, entendi o porque da demora: era tanto dinheiro que essa gráfica quer pra fazer o livrinho que até a internet ficou pesada.
Puta-que-pariu-caralho! Semanas planejando um lay-out feminino-sem-ser-cor-de-rosinha, fofo-sem-ser-infantil, versátil-sem-ser-joga-aí-em-qualquer-lugar, e aí vem a Halley e joga umas piscina olímpica de água fria nas nossas cabeças!
O pior é que eu ja tinha me apegado à idéia tão lindamente parida por mim, Danda e Grosélia. Porque o livro não ia ser assim, digamos, um livro, mas um objeto que era também um livro. E que poderia ser dividido e presenteado aos pedaços - pedacinhos de textos nossos, com ilutrações lindas da Gabriella Navarro, com a arte impecável da Grosélia, que podiam ser dados pro amigo, pra irmã, pra mãe ou pro brucutu ao lado.
"Desapegue-se, desapegue-se", repito como um mantra. Grosélia jurou que vai pensar em outra coisa, Elizângela tá tão desolada quanto eu. E eu mesma só consigo pensar que eu queria o livro daquele jeitinho, sem tirar nem pôr. Nenhuma idéia vai ser melhor que aquela. E agora vamos ter que nos contentar com o possível. E eu odeio o possível, o viável, o exequível.
Acho que hoje acordei com os dois pés esquerdos.
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