"EU SABIA! EU SABIA! AGORA VOU SER UM CAFAJESTE!" Era esse o texto da mensagem que recebi no celular hoje à tarde. Não conhecia o número e fiquei me perguntando se aquela mensagem não tinha errado de endereço. Daqui a pouco toca meu telefone - ligação do mesmo número. Era um amigo que há tempos não vejo, dizendo que tinha lido a coluna M³ do domingo e que tinha entendido que bom mesmo era ser cachorro com as mulheres. (Na verdade, ele só queria justificar o que sempre foi e usou minhas palavras e da Danda como argumento.) Claro que dei uma boa gargalhada da desfaçatez da figura. E lembrei que na sexta outro amigo dizia algo parecido.
Em volta da mesa na irmandade Orelha, meu amigo cabeludo dizia que a partir de agora ia usar uma máscara de cafajeste, pra assim atrair mais mulheres e se tornar o projeto de vida de uma. Quando ele tirasse a máscara de vadio e passasse a ser o que sempre foi - um fofo - ela acharia que tinha conseguido mudá-lo e passaria a amá-lo muito. Um plano torto desses só podia vir daquela mente criminosa alimentada diariamente com suco de caixinha. Mas tenho que falar que nesse dia ele tomava Coca-cola, algo muito, muito forte pra ele. E deve ter sido por isso que bolou um plano tão desengonçado. Pensando agora na figura, fico imaginando como ele poderia enganar alguém, com aquele olhar angelical e aquele jeito manso, com a fala compassada e a voz que nunca vi levantar.
Mas o que ficou claro mesmo é que não, os homens não entendem nada do que a gente diz. E pouco importa se vem impresso num jornal e eles podem ler e reler. De tão óbvia que estava a coluna desse domingo, ainda assim dois espécimes insistiram em entendê-la errado. E eu fico cada vez mais inclinada a aderir a tese daquele amigo - a da incomunicabilidade dos sexos.
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