Segundo a Lei de Murphy, se algo tiver que dar errado, dará. Mas no jornalismo essa lei foi atualizada para "se algo tiver que dar errado, dará errado apenas na última hora". Qualquer foca sabe disso, e se desespera, e arranca os cabelos e a princípio não entende porque é mesmo que alguém insiste em viver naquela tensão, e entende menos ainda porque gosta tanto daquela tensão. Na hora do fechamento é que tudo dá errado. Só na hora do jornal ir ao ar é que a ilha trava, o TP dá pau, os computadores dão tilt. E depois que todo mundo correu e gritou e bichou e chorou, tudo acaba dando certo, e o jornal vai ao ar e ninguém nem sequer percebeu em casa que aquela matéria caiu. Só então é que se respira e se solta o ar todo dos pulmões. E, bem, impossível não pensar nesse momento como um orgasmo. Hora de descer as escadas pra fumar um cigarro - mas sem cafezinho que a essa hora certamente já acabou!
E eu que jurava sentir saudades do rush da redação, da sensação de que não vai dar certo que acaba no alívio de um cigarro, agora já acho que não tenho mais nervos pra tanta adrenalina, não.
Longe das redações como estou, hoje comecei a viver esse rush de novo. Tudo o que podia dar errado com o livro começou a dar. Sim, estamos nos 45 minutos do segundo tempo: o projeto tem que tá na gráfica até sexta. O orçamento não bate, as mudanças no projeto original já foram feitas. É preciso pegar novos orçamentos, examinar possibilidades, mas já é hora do fechamento. E eu fico sem conseguir dormir, ouvindo Piazzolla e torcendo pra que tudo se resolva logo.
Sim, amigos menáge, se eu tiver um AVC um dia a culpa é disso! (Visualizaram minha mão em concha batendo no peito???)
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